Resenha: Antes de partir - Colleen Oakley

Um romance emocionante sobre vida, morte e amor feito tanto para os leitores que gostam de rir quanto para os que preferem chorar. Na véspera do que esperava ser uma triunfante comemoração de três anos livre do câncer, Daisy, 27 anos, sofre um golpe devastador: seu médico lhe diz que a doença está de volta, desta vez ainda mais agressiva. Tendo apenas de quatro a seis meses de vida, ela está apavorada com o que será de seu marido, Jack, quando não estiver mais lá para cuidar dele. Esse medo tira seu sono, até que uma solução lhe vem à mente: ela precisa encontrar outra mulher para ele. Com uma determinação singular, Daisy visita parques, cafeterias e sites de relacionamento à procura do par perfeito para Jack. Mas, à medida que ela avança em sua busca, ela se vê forçada a decidir o que é mais importante no curto tempo que lhe resta: a felicidade de seu marido ou a sua própria?

❤ Autor: Colleen Oakley  Páginas: 320 ❤ Editora:Bertrand ❤ ISBN: 9788528620627

“Antes de partir” nos traz Daisy, uma garota jovem, cheia de vida, de sonhos, que descobre uma notícia arrasadora...... Seu câncer voltou! Depois de inúmeras sessões de quimioterapia, todo o tratamento rigoroso, uma dieta de comidas horríveis, ela achou que estava curada, mas agora ele voltou e ela só tem 6 meses de vida. Diante de todas as frustrações, dores e o arraso emocional, Daisy resolve que em seus últimos dias de vida ela quer encontrar uma nova esposa para seu marido, Jack. Mas o que vale mais quando sua vida está acabando, garantir a felicidade de Jack ou ser feliz enquanto lhe resta?

EXEMPLAR CEDIDO PELA EDITORA

O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Daisy. A escrita flui naturalmente, o livro te prende do começo ao fim, é cheio de frases marcantes que fazem a gente refletir e de momentos que nos deixam emotivos. Daisy é uma mulher que tem sonhos, que espera um dia ter filhos, que quer conhecer o mundo e terminar a faculdade, mas depois da notícia arrasadora parece que seus sonhos não refletem mais sua verdadeira vontade, afinal o que se deve fazer quando se tem apenas alguns meses de vida? Ela decide então que precisa arrumar uma esposa para Jack, alguém que possa fazer companhia para ele, marcar seu dentista e impedir que ele desapareça debaixo da pilha de meias que fica do lado da cama.

Depois de muito trabalho árduo, parece que Daisy encontrou a garota perfeita, aquela que pode fazer Jack feliz, que irá amá-lo, mas depois de tudo ela também merece ser feliz, merece curtir seus últimos dias ao lado de seu marido e aí aquela luta interna começa e vem a pergunta que a autora nos faz... O que você faria se tivesse apenas 6 meses de vida?

Bom, minha resenha começou cheia de perguntas, perguntas que realmente não têm resposta, Daisy se sente perdida sem saber como agir ou o que falar para as pessoas, eu passei o livro inteiro “tentando” me sentir na pele dela, mas é impossível, acho que é impossível saber como uma pessoa com câncer se sente sem ter realmente tido a doença. Só para deixar claro, eu não gosto de livros com essa temática, eu acho muito triste e (como já sou uma manteiga derretida) eles me deixam muito emotiva e esse livro não foi diferente, ele nos toca muito e nos deixa bem envolvido na trama.

“Mas meu cabelo não ficará grisalho. E minha pele não enrugará. E posso morrer sem nunca ter lido um romance. Sem nunca saber por que romances causam alvoroço. E isso – isso! – É o que faz água brotar e encher meus cílios inferiores, embaçando-me a visão.E me ocorre que, se eu tivesse de escrever um panfleto do tipo “Lidando com o Câncer Terminal”, era isso que abordaria. Não o que há de óbvio sobre raiva e barganha, mas os momentos ridículos como chorar por romances baratos em um centro comercial de um bairro chique às 10h de uma segunda-feira. ”

Tenho que comentar uma coisa... em um momento do livro, Daisy revela que seu maior medo é perder seus cabelos novamente, ela diz que está radiante por eles terem crescido novamente e não quer perde-los de novo. Eu nunca tinha parado para pensar nisso, em como mulheres com câncer se sentem quando raspam a cabeça, sempre achei que outras preocupações viriam na frente, e a parte estética era algo que elas achassem “fútil” no meio dessa doença tão devastadora, mas aí eu li a confissão de Daisy e entendi! Compreendi que realmente deve ser muito difícil raspar os cabelos, as pessoas passam a olhar com aquela cara de piedade e isso deve ser realmente horrível.... Essa foi umas das partes da leitura que me deixou mais triste.

Deixando um pouco o lado emotivo, vou falar sobre a capa.... Ela é linda! Foi a primeira coisa que me chamou atenção, depois li a sinopse e pensei “vou ler esse livro” e mesmo não gostando muito do tema, é uma leitura que não me arrependi nem por um momento de ter começado. A revisão do livro é ótima, não encontrei nenhum erro e a diagramação, apesar de simples, ficou muito boa, tudo combinou perfeitamente com o ar delicado que a história tem.

A proposta do livro é um romance emotivo, mas ele fala sobre muito mais do que isso, fala sobre a culpa, a aceitação, a revolta, a perda, a dor, os sonhos e, principalmente, sobre escolhas. É uma leitura sensacional, que me fez refletir muito, é aquele tipo de livro que qualquer pessoa deveria ler, eu recomendo para todos, não tem como se arrepender da leitura.