Resenha: A Rainha Normanda - Patricia Bracewell

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Em 1002, Emma da Normandia, uma nobre de apenas 15 anos, atravessa o Mar Estreito para se casar. O homem destinado a ser seu marido é o poderoso rei da Inglaterra, Æthelred II, muito mais velho que ela e já pai de vários filhos. A primeira vez que ela o vê é à porta da catedral, no dia da cerimônia.Assim, de uma hora para outra, Emma se torna parte de uma corte traiçoeira, presa a um marido temperamental e bruto, que não confia nela. Além disso, está cercada de enteados que se ressentem de sua presença e é obrigada a lidar com uma rival muito envolvente que cobiça tanto seu marido quanto sua coroa. Determinada a vencer seus adversários, Emma forja alianças com pessoas influentes na corte e conquista a afeição do povo inglês. Mas o despertar de seu amor por um homem que não é seu marido e a iminente ameaça de uma invasão viking colocam em perigo sua posição como rainha e sua própria vida.Baseado em acontecimentos reais registrados na Crônica Anglo-saxã, “A Rainha Normanda” conduz o leitor por um período histórico fascinante e esquecido, no qual fantasmas vigiam os salões do poder, a mão de Deus está presente em cada ação e a morte é uma ameaça sempre à espreita.
                  
                ❤ Autor:  Patricia Bracewll  ❤ Páginas:400   Editora: Arqueiro

Emma vivia tranquilamente no palácio Ducal da Normândia com sua família, quando um acordo feito entre seu irmão Duque Richard e o Rei da Inglaterra Æthelred  a promete em casamento que a fará rainha. Mesmo não sendo a irmã mais velha e próxima noiva da família, a jovem foi levada a formar essa aliança entre os países. Seu casamento foi preparado às pressas, com a constante ameaça dos cruéis vikings liderados pelo temido rei dinamarquês Swein Forkbeard, que mesmo recebendo valiosos tesouros em prata, para que não atacasse, espreitava por possibilidades para saquear e queimar cidades inglesas.
“No entanto, por causa das trevas naquele coração sobre o fogo, nada disse a respeito da outra, da dama que viria de longe, e dos dois fios de vida tão amarrados e emaranhados um no outro que seria impossível separá-los por uma vida inteira ou para sempre”
A jovem sempre soube que não seria nada fácil ser uma rainha, pois o reino de Æthelred era amaldiçoado pelo assassinato de seu irmão mais velho, o rei anterior Edward, porém nada que Emma imaginou se comparava com o que vivia. Seu marido era um homem rude e desconfiado, e os inimigos da corte que o tachavam por sua coroa  sentiam-se ameaçados em suas ambições. Dentre seus rivais havia Elgiva, filha do poderoso Duque de Nortùmbia. Ambos ávidos por poder, riquezas e possivelmente à retomada da Inglaterra. Os filhos do rei também a temiam por sua influencia sobre os populares ingleses e imaginavam que Emma poderia de alguma forma, tomar o Trono e o Cetro da realeza, sobretudo se ela tivesse um filho homem, mas ao perder a criança que esperava, alguns deixaram de temê-la. 

O que ninguém poderia esperar, era que o ódio que o filho mais velho do rei, Athelstan, se tornaria em paixão por sua rainha, e ainda mais que ela o correspondia, porém eles nunca poderiam ficar juntos graças as suas posições reais que impossibilitaria até mesmo os encontros furtivos.

Em uma decisão precipitada, o rei inglês decide marcar o dia santo de São Bricio com a realização de uma matança de dinamarqueses que viviam como camponeses no interior da Inglaterra, tendo entre os assassinados a irmã do rei Forkbeard. A retaliação viking se dá em ataques isolados em todo o território e a tentativa de seqüestro de Emma, porém os segredos guardados dentro dos palácios são capazes de causar reviravoltas inimagináveis e cada um faz o possível para manter escondido seu maior pecado.

Apesar da pouca idade Emma é uma mulher astuta e inteligente. Seu carisma e fortuna são capazes de conquistar seu povo e a ascender como rainha ungida por Deus. Athelstan é o rebelde filho mais velho do rei ansiando pelo trono, sua sagacidade o fazia crer que seria um rei melhor que seu pai, e sempre buscava alianças que pensavam o mesmo. Elgiva é uma mulher extremamente interesseira, e usa de seu corpo para tentar conseguir o que quer, mas sua pressa não a permite alcançar nenhum objetivo.

A Rainha Normanda é baseado em um manuscrito feito pela própria rainha Emma, segundo nota da autora e com muitos detalhes adicionados por Patricia Bracewell. Durante todo a leitura, havia fragmanetos que me lembravam a Trilogia das Joias Negras, mas exatamente por conter uma idéia central tão contraria à historia da rainha Emma, que também será um trilogia.

O conteúdo se mostra bem completo por sua riqueza em detalhes, existe uma relação de todos personagens no inicio do livro. A obra é muito bem escrita, e a linguagem coloquial e culta fornece ao leitor uma historia de fácil compreensão. O enredo e escrito em terceira pessoa, o que possibilita o conhecimento das variadas tramas que acontecem ao mesmo tempo em locais isolados. A leitura segue com seriedade e tensão por relatar o período medieval e pela ausência de humor. A historia contém um teor levemente violento, e a infelicidade dos personagens torna a historia um pouco amarga, mas ainda é bela misteriosa, me deixando ansiosa por sua continuação


2 comentários:

  1. Oi
    primeiramente essa capa é bonita e história parece ser legal, você falou que a história é um pouco amarga confesso que to precisando de uma leitura assim, ando lendo muito romance. Mas apesar dos pontos que levantou pelo menos curtiu o que leu.

    momentocrivelli.blogspot.com.br

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  2. Olá, Mariene.
    Eu fiquei com vontade de ler esse livro quando lançou. A capa é linda e o enredo parece ser muito interessante. Mas acabei esquecendo dele hehe. E não sabia que era baseado em fatos reais. Achei mais interessante ainda e assim que der eu vou ler.

    Prefácio

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