Resenha: O Beijo do Vencedor - Marie Rutkoski

quinta-feira, 1 de junho de 2017
Capa do livro O beijo do vencedorA guerra já começou. Arin está à frente dela com novos aliados e o império como inimigo. Embora tenha convencido a si mesmo de que não ama mais Kestrel, Arin ainda não a esqueceu. Mas também não consegue se esquecer como ela se tornou o tipo de pessoa que ele despreza. A princesa se importava mais com o império do que com a vida de pessoas inocentes - e, sem dúvida, menos ainda com ele. Pelo menos é o que Arin pensa. Enquanto isso, no gélido norte, Kestrel é prisioneira em um campo de trabalhos forçados. Ela deseja desesperadamente escapar. Deseja que Arin saiba o que sacrificou por ele. E deseja fazer com que o Império pague pelo que fizeram à ela. Mas ninguém consegue o que quer apenas desejando. Conforme a guerra se intensifica, Kestrel e Arin descobrem que o mundo já não é mais o mesmo. O oriente está contra o ocidente, e os dois se encontram no meio de tudo isso. Com tanto a perder, é possível alguém realmente ser o vencedor? Numa narrativa tão empolgante quanto sensível, a difícil paixão entre Kestrel e Arin alcança um novo patamar. O Beijo do Vencedor é o grande final da Trilogia do Vencedor. 
❤ Autor:  Marie Rutkoski   ❤ Páginas: 448     Editora: Plataforma 21 (V&R Editora Brasil) 

*** Esta resenha não contém spoilers

Parte final da trilogia do Vencedor, uma das distopias mais estratégicas que li ultimamente, confesso que tinha certo receio em terminar essa saga. Marie Rutkoski nos entregou duas anteriores partes tão cheias de estratégias e conflitos que se conectam e intercalam que, na minha cabeça, achava muito difícil que a autora realmente conseguisse encerrar de forma satisfatória todos os cabos soltos. No entanto, desde já adianto, que essa terceira parte não apenas encerra com maestria uma saga que, desde o princípio já pintou inovadora e original, como também conseguiu fazer desta terceira parte o melhor livro da trilogia!

O Beijo do Vencedor não apenas nos apresenta as respostas para os diversos conflitos e as constantes reviravoltas criadas ao longo dos livros anteriores, como também garante cenas de tensão, ação e conspirações diversas. O ritmo não decaiu em nenhum momento e a trama continua a se desenvolver no ritmo de um jogo de xadrez, com diversos segredos que se conectam ao fim, não permitindo que o leitor em nenhum momento possa sequer supor o desenlace da história.





Kestrel conseguiu ser uma das minhas protagonistas femininas favoritas. O que me encanta no personagem é não apenas a sua inteligência, perspicácia e valentia, mas também a avalanche de sentimentos que carrega dentro de si. Kestrel é um personagem que pode errar, fraquejar e julgar mal, porém ela jamais desiste de seus ideais por medo ou receio. Além disso, a humildade com que admite seus erros e tropeços a tornam mais humana e mais fácil de conectar com o leitor, que consegue enxergar em Kestrel uma humanidade latente.

Arin foi o grande protagonista dessa terceira parte. O personagem ficou bastante apagado na primeira parte, garantiu alguma importancia na segunda parte, mas, é nesse desfecho épico que Arin realmente parece tomar as rédeas da situação e mostrar-se por completo. Íntegro, leal e estrategista, Arin provou e conheceu os limites e os riscos, aprendeu de seus erros e fracassos e soube celebrar suas vitórias. Desnecessário dizer que me conquistou e totalmente me convenceu como protagonista masculino.

Há personagens secundários que, pouco à pouco, tornam-se de suma importancia à trama. Roshar, o misterioso príncipe oriental, garante momentos mais leves e também algo de suspense à trama. O pai de Kestrel, o general Trajan, se torna a grande incógnita da história, e durante todo o momento ficamos expectantes para descobrir os pensamentos verdadeiros do poderoso general. Infelizmente, alguns personagens interessantes acabaram sendo desaproveitados, como foi o caso do príncipe Verex, que poderia ter tido maior destaque e acabou sendo ignorado.

A trama, como já disse, é simplesmente alucinante, com um ritmo constante que prende o leitor, e nos impede de formar teorias ou conclusões precipitadas já que cada giro praticamente desmonta qualquer certeza que poderíamos ter formado à princípio. 
Certamente, a trilogia do Vencedor ficará na minha memória não apenas como uma trilogia extremamente empolgante e carregada de personagens fascinantes, mas também como uma das histórias mais bem elaboradas e inteligentes que pude ler e desfrutar.
Se você ainda não leu essa maravilhosa história, desde já quero animar-te à dar uma oportunidade à Kestrel, Arin e seus aliados e inimigos em uma história que parece tragar-nos para um novo mundo, aonde fazer a jogada certa pode significar tudo.


Alice Duarte
25 invernos, Mãe de dois, Casada, Leitora compulsiva, Drama queen, Fashion victim, Coffee addict, Intento de blogueira. Autora do blog Um Blog Litteraire.

4 comentários:

  1. Eita Alice!! Que empolgante essa resenha! Faz tempo que quero ler o primeiro livro, mas estava querendo saber se a série finalizava bem! Bom saber que sim <3

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  2. Oi, Alice!
    Eu tenho uma amiga que é louca para que eu leia essa trilogia. A minha vontade é imensa mas tenho de encaixar na lista de leitura.
    Beijos
    Balaio de Babados
    Sorteio Dois Anos de Família Hallinson

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  3. Oi Alice,
    Eu ameeeeeeeeeeeeei o livro número 1 da série.
    Estou mega empolgada para ler as sequências, tomara que dê tempo de ler ainda esse ano.
    Sou apaixonada pelas capas!
    Beijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com.br/

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  4. Oi! Não conhecia a trilogia, achei interessante a história. E só de saber que termina muito boa já me deixou curiosa. Bjos <3

    Click Literário

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